30 outubro, 2012

«Sr. ministro já tomou café esta tarde?»

José Alberto Carvalho e Judite de Sousa deram um novo «élan» à informação da TVI, mas de vez em quando há uns momentos de curto circuito em certas cabecinhas. Hoje foi a vez da repórter Marta Miranda, da editoria de Política, deambular feita tontinha pelos corredores do Parlamento para questionar os deputados sociais-democratas sobre o que era «refundar», inquirir o ministro Álvaro se tinha pago o seu próprio café e, a mais incrível, perguntar ao Gaspar, quando este entrava no hemiciclo, se «já tinha tomado café esta tarde?». Em jornalismo isto chama-se os bastidores, o folclore ou o outro lado do evento, mas foi claramente um acto falhado. Bernardo Ferrão há só um e mesmo os momentos mais apalhaçados só ele consegue interpretar.

Mais um pronto para o sacrifício

Ribeiro Cristóvão escreve hoje no sítio da Renascença sobre a urgente «refundação leonina». O clube de Alvalade tem o seu pior início de campeonato de sempre, figurando na segunda metade da tabela, apenas com uma vitória somada. O belga Vercauteren é o próximo candidato ao nutrido cemitério de treinadores que jazem em Alvalade. Foi hoje apresentado e se os portugueses fossem loucos a apostar como fazem os britânicos, avançar com o número de meses que vai aguentar em Lisboa era capaz de ser desafiante. Já agora, na aposta podia avançar-se, igualmente, sobre o dia previsto para as próximas eleições no reino do leão. Não quero com isto estimular o lucro à custa da desgraça alheia, mas tornava o clube de Alvalade muito menos deprimente. Vão por mim.

O gracioso Montenegro dos aventais

A frase do Ulrich supera tudo o que imaginar se possa, por isso, escolhi-a para frase do dia, mas a «poia» do Montenegro dos aventais, excelso líder parlamentar laranja, que este Orçamento tem «sensibilidade social», porque «procura a justiça social e a equidade na austeridade», não lhe fica nada atrás e estimula a uma boa gargalhada. Não é possível refundá-lo?

A frase do dia

«O país aguenta mais austeridade?... Ai aguenta, aguenta. Não gostamos, mas aguenta», Fernando Ulrich, presidente do BPI, Agência Lusa, 30 Outubro 2012