02 maio, 2012

«Alirón» e manguito

O Real Madrid faz o «alirón», três anos depois, quebrando a hegemonia do Barcelona. Mourinho é campeão em quatro países diferentes. Cristiano Ronaldo comemorou o título com um polémico manguito a um jogador do Bilbao. Há coisas que nunca mudam.

O retalhista faz história

Baptista Bastos que se cuide, porque o seu clássico «Onde é que estavas no 25 de Abril?» está prestes a ser substituído pelo novo lema, «Em que loja do Pingo Doce é que estiveste no 1.º de Maio?»

O retalhista é amigo dos pobres

De chorar as pedras da calçada a declaração do «escravo» que o retalhista Soares dos Santos mandou à TVI. «É altura de ajudarmos os nossos consumidores», disse o camarada gestor Luís Araújo, que admite repetir a «gracinha». Afinal o Pingo Doce é uma IPSS!

MEC, como só ele sabe...

Bem sei que ando um sentimentalão, mas dói a alma ler as crónicas que Miguel Esteves Cardoso (MEC) dedica à sua mulher, gravemente enferma de cancro. Pode aconteccer a qualquer um de nós ou a um dos nossos. O MEC partilha sua privacidade com uma mestria incrivel. O amor existe e é verdadeiro. Digam-me lá o que dizer deste escrito publicado no «Público» de domingo, 29 de Abril:
“Às vezes encontramo-nos com a cabeça nas mãos. Tudo o que poderia ter corrido bem correu mal. O mundo, que era igual à vida, afasta-se de repente. Distancia-se e continua a existir, como se nada tivesse a ver ou a haver connosco, como se fizesse questão de mostrar a independência dele, mundo, que não existe só porque nos damos conta dele. A má notícia é má, mas a pior, para quem cá está, é a pessoal. A minha pessoa é a Maria João e a Maria João passa mal. Nem o amor nem a sabedoria médica a podem salvar. Só uma conjunção das duas coisas, mais um acrescento de milagre. O cabrão do cancro alastra-se. Exterminado no pulmão ou na mama, foge para o cérebro, onde se refugia e cresce. Forma uma força da morte, aproveitando as barreiras antigas entre o sangue e o cérebro, que infiltra conforme lhe apetece. Hoje, domingo, é o último dia em que estaremos juntos, dois amores, felizes há quase vinte anos. Amanhã, logo às nove da manhã, estaremos na consulta dos excelentes neurocirurgiões do Hospital de Santa Maria, onde nos avisarão das complicações possíveis. Obama deveria inspirar-se na perfeição clínica e humana do serviço de saúde português e francês. Mas a dor não diminui. Nem a tristeza abranda. Vai morrer o meu amor. Não vai. Como o meu amor por ela, nunca há-de morrer. As coisas acontecem sem acontecer o pensamento nelas. A alma, o coração e a cabeça são coisas diferentes. Que se dão bem. E são amigas. E deixam de ser quando morrem.”

Pingo Doce, pilhe cá