01 fevereiro, 2012

Heysel africano em «Porto Feliz»

O Egipto viveu hoje o seu Heysel africano, 27 anos após os trágicos acontecimentos registados no estádio de Bruxelas. Um jogo de forte rivalidade desportiva entre o Al Masri e o Al Ahli, a equipa de Manuel José, em Port Said, no norte do país, foi incendiado pela divisão política da nação, no período pós-Mubarak e primavera árabe. Cerca de uma centena de adeptos e polícias morreram asfixiados ou sucumbiram a ferimentos na cabeça. Jogadores encurralados à espera de protecção policial e balneários convertidos em morgues improvisadas foi o cenário desta noite em Port Said. Um milhar de feridos, mais de uma centena em estado grave. Em Port Said, ou o «Porto Feliz», na tradução do árabe, que afinal foi trágico. Suprema ironia.

É só farinha!

O mais forte candidato a suceder a Sarkozy no Palácio do Eliseu foi hoje brindado com farinha durante um discurso político na Fundação Abbé Pierre, em Paris. O socialista François Hollande nem pestanejou e limitou-se a ordenar as folhas do discurso em desalinho. Gosta desta forma de contestação. Não é violenta, mas deixa marca. Uma boa técnica para utilizar contra os nossos queridos políticos.