21 agosto, 2011

Dos regionais para a primeira liga

Neste fim-de-semana ficámos a saber que há uma classe em Portugal especialmente unida e corporativa: os árbitros. João Ferreira, o oficial do exército que amuou porque criticaram o seu desempenho enquanto árbitro, recusou-se a apitar o Beira-Mar - Sporting e os seus colegas da primeira e segunda divisão reiteraram a sua indisponibilidade para o substituírem. À última hora, lá apareceu o camarada Fernando Idalécio Martins, descoberto nos regionais de Aveiro, para ajuizar o jogo de «solteiros» e «casados» entre aveirenses e leões. Para azar dos sportinguistas, ainda não foi desta que ganharam para a Primeira Liga. E como diz o site do Record, o melhor em campo foi mesmo...o árbitro.

A triste novela madeirense

A democracia madeirense (ou lá o que isso é) caracteriza-se pelo excesso de ruído. Berraria, mesmo. Jardim pede um 26 de Abril para o país, mas a primeira revolução devia acontecer no arquipélago. Na cerimónia dos 503 anos da cidade do Funchal, dentro da sala da autarquia, o senhor Welsh berrou por cima do discurso de Jardim e só dois elementos da polícia o conseguiram calar, e no exterior, o inevitável José Manuel Coelho berrou mais umas atoardas para o presidente do governo regional que retribuiu com vigorosos acenos em tom de gozo. O cartaz da comitiva do PTP-M, composta por cinco elementos, era «Jardim falido e o povo é que...». Vocês sabem o resto...

O 25 de Abril líbio

As cadeias internacionais asseguram que os rebeldes estão a chegar ao centro de Tripoli e a própria segurança de Khadafi já se terá rendido. Está prestes a chegar ao fim o consulado do ditador líbio, duro de ser deposto perante a investida rebelde e da ONU. O TPI reclama Khadafi para ser julgado por crimes contra a humanidade, mas o mais provável é que o tirado líbio já tenha negociado o seu asilo nalgum país. Provavelmente viajará sem tenda e sem as suas «bond girls» que o protegiam para onde quer que fosse. Diz-se que gostou muita do de ter feito campismo no Forte de São Julião da Barra, aquando da sua visita a Portugal. Com Sócrates, era certinho que viria até nós. Com Passos é menos provável. O ministro Álvaro insiste que quer ser a Flórida da Europa, por isso, transformar o cantinho à beira mar plantado num paraíso de gangters não seria a melhor promoção para o nosso turismo.