03 abril, 2011

Quem carregou no botão?

Jorge Jesus ficou perplexo quando lhe perguntaram sobre o «apagão» no final do jogo. «Não sou electricista e está-me a fazer uma pergunta sobre electricidade?», desabafou o técnico para o jornalista. Outra pérola. Parafraseando a chavalada, «brutal!!!».

A frase do dia

«Apagou-se tudo...até a luz. Foi uma vitória total dentro do campo, com um critério de arbitragem como todos viram. Para a vitória ser mais completa, apagou-se a luz e ficaram as trevas», Pinto da Costa, A Bola online, 3 Abril 2011

O fair-play é mesmo uma treta

A guerra entre Benfica e FC Porto só vai conhecer algumas cimeiras para a paz quando um dia morrer alguém. Esse dia já esteve mais longe. Digo-o pela evolução dos acontecimentos. O «apagão» intencional das luzes do estádio do Benfica quando o FC Porto comemorava o título com os seus adeptos em pleno relvado é uma atitude, no mínimo, cretina. Já para não falar do banho que levaram da rega do relvado dos encarnados. O presidente do Benfica tem que ser o primeiro responsável moral por este acto. O fair-play é, de facto, uma treta. E tem «apagões».

Sem discussão

Há 71 anos que o FC Porto não conquistava o título no estádio da Luz. Esta temporada ganhou-o logo à 23ª jornada, com um treinador novato, apenas com 33 anos, e para já invicto na Liga. Derrotou o Benfica por duas vezes, em casa e fora, ambas sem espinhas. É esta a realidade. Com ou sem «frangos» de Roberto, com ou sem erros de arbitragem. Sete campeonatos em 10 anos correspondem a uma hegemonia. No cômputo global de ligas ganhas, o Benfica leva 32 e o FC Porto soma a 25ª. Se a tendência se mantiver, lá para 2020 talvez dragões e águias já estejam a par.

«Intifada» na Luz

Mais uma série de incidentes graves antes de um Benfica-FC Porto. Uma verdadeira «intifada» que resultou em danos materiais, alguns feridos e vários detidos. O Estado continua a gastar fortunas com as operações de segurança para proteger umas centenas de vândalos, quando os outros 40 ou 50 mil são pacatos e ordeiros cidadãos. Se os cortes afectam todas as áreas da sociedade, não vejo motivo para não estendê-los ao futebol. Como primeira medida, decretava à porta fechada o próximo jogo entre os rivais, dia 20 de Abril, na Luz, para a Taça de Portugal. E ponham o jogo em aberto, para o que povinho que não tem SportTV possa ver.