11 janeiro, 2011

Corrupção, disse ela

A eurodeputada Ana Gomes, também conhecida por a «Júlia Pinheiro do Rato», faz hoje umas declarações a um matutino que em condições normais podiam provocar um terramoto, daqueles de média intensidade na escala de Richter. Diz a senhora que «Ferro Rodrigues foi abatido porque queria limpar o PS da corrupção». Significa isto, a fazer fé no que a respeitável deputada europeia afirma, que a promiscuidade campeia no partido da rosa. O que é que o ilustre secretário-geral terá a dizer sobre isto?

Entrem, a casa é vossa

O FMI vem mesmo aí. Os rumores começam a ganhar forma de realidade. Dizem que instituições desta dimensão não ligam a timings políticos, mas assim como assim sempre podem esperar até à manhã do dia 24, o day after das presidenciais que deverão reeleger Cavaco, para desembarcarem na Portela e nos tratarem da saúde. Impedir o inevitável só mesmo restabelecendo as fronteiras, mas uma vez que já nem nisso mandamos os senhores vão mesmo entrar sem pedir licença. A malta só pede uma coisa: façam o favor, limpem depressa e deixem a conta na mesa da cozinha. Prometemos pagar, só não sabemos é quando.

Patética obsessão (II acto)

Custa também a assimilar, num país avançado nas leis ditas fracturantes mas com mentalidades cristalizadas na Idade Média, que a perspectiva cultivada pelos «mass media» sobre o trágico caso do «modelito» e do cronista seja, desde a primeira hora, predominantemente homofóbica. Existiu um crime e é preciso desvendá-lo. A componente sexual associada potencia o espírito de porteira, que é uma coisa parecida com o de treinador de bancada, que existe na cabeça de 10 milhões de portugueses. O resto são cantigas e notícias para entreter os papalvos.

Patética obsessão (I acto)

Não se percebe a patética obsessão pela imprensa em «caçar» portugueses ignorantes, que há aos milhares, sobre a identidade dos nossos candidatos presidenciais em campanha eleitoral. Hoje foi a vez de apanharem uma idosa senhora no lar dos Inválidos do Comércio, com evidentes dificuldades de expressão conhecimento, que chamou «dr», «engenheiro» e outras atribuições ininteligíveis ao homem da AMI, o Nobre, para no fim reconhecer que não sabia quem ali estava.