14 novembro, 2010

O «canalha» às escuras

Às escuras e vigiado de perto por seis polícias, o suspenso Mourinho viu o Real Madrid vencer fora o Gijon, mantendo a liderança do campeonato. O «canalha» continua em grande. Dia 29, em Barcelona, assistiremos a um jornada histórica em Camp Nou, com os catalães a receberem os madrilenos, no derby dos derbys. Pela primeira vez o duelo será travado entre dois treinadores, Mourinho e Guardiola, com a licença de Ronaldo e Messi.

Ministro tiffosi

Sebastian Vettel é o piloto mais novo da história a ganhar um mundial de Fórmula 1. Acontece que o feito do alemão está a ser relegado para segundo plano, depois da Ferrari ter reconhecido que errou na estratégia do seu piloto, Alonso, marcar Webber, segundo na classificação, deixando Vettel à solta. As ondas de choque indignaram os tiffosi italianos e até os próprios governantes. Roberto Calderoli, ministro da simplificação normativa do louco governo de Berlusconi, acusou a escuderia dirigida por Luca di Montezomolo (na imagem) de aplicar uma «estratégia demencial», exigindo a sua demissão. Como se a Itália não tivesse problemas mais importantes para resolver...Lá como cá, pão e circo é o que é.

O homem que mandou dar banho ao cão

Emídio Rangel tem muitos méritos como fundador de grandes projectos radiofónicos e televisivos, mas não larga o osso quando lhe cheira a uma boa briga. Depois do «casaquinho cor de merda» do arquitecto Saraiva, então no «Expresso», o antigo director da SIC mandou agora o sociólogo Alberto Gonçalves, o qual apoda de «doninha fedorenta», «dar banho ao cão» e «ficar manso», após ter recebido umas farpas do dito «Alberto, o tonto», como Rangel lhe chama. Tudo nas páginas do jornal mais lido do país, o «Correio da Manhã». Um must!

Memórias de um governo santanista

Longe vão os tempos de concórdia da foto. Sócrates já desautoriza o MNE, seu número 3 no governo, a propósito da «grande coligação» sugerida por Luís Amado no «Expresso». Este executivo em cacos vai lembrando o governo santanista, e os episódios do bebé dentro da incubadora e o caso «Henrique Chaves». Cavaco está prisioneiro da sua candidatura e impedido constitucionalmente de fazer o que devia fazer, carregar no botão vermelho para a implosão. Certo é que as máquinas partidárias já se preparam para eleições.

A frase do dia

«Portugal é o país das vagas. Não falo de vagas do mar, óptimas para a poesia e o surf. Falo das outras. As vagas de fundo. Alguém sussura uma ideia; outro repete-a; um terceiro reforça-a; e a unanimidade vem a seguir, convertida em "desígnio nacional"; Depois do êxito do "Este orçamento tem de ser aprovado", que já nos está a custar couro e cabelo nas taxas de juro, existe agora um novo sucesso no mercado: "Isto só lá vai com um governo de salvação nacional"», João Pereira Coutinho, Correio da Manhã, 14 Novembro 2010