06 julho, 2010

Lança europeia em África

A Holanda é a primeira finalista do Mundial 2010 ao derrotar a grande revelação da prova, o Uruguai, por 3-2. Uma certeza já existe: uma selecção europeia vai vencer, pela primeira vez, um campeonato do mundo disputado do «velho continente». Alemanha e Espanha decidem amanhã o outro ingresso para a grande final.

A frase do dia

«Se defrontar Portugal, canto o hino grego», Fernando Santos, seleccionador da Grécia, TVI, 6 Julho 2010

Quem driblou Cristiano?

Estava eu a secar-me depois de um intenso e suado treino quando em pleno balneário, onde geralmente só se fala de futebol, futebol, futebol e mulheres, ouvi um comentário do género: «afinal o Ronaldo é como o Ricky Martin. Nunca me enganou». Não tendo qualquer fonte no clã Aveiro, este caso não parece nada indiciar a alegada americana como uma «barriga de aluguer», mas certamente alguém trocou as voltas a Cristiano, coisa que as mulheres são peritas em fazer, e que o jogador foi confrontado com a divulgação de um escândalo na imprensa que prontamente abafou à lei dos dólares. Sinceramente acho que o tema tem mais de embaraçoso do que edificante para o craque. Não foi certamente assim que Cristiano sonhou ter o seu primeiro filho. Haja saúde e dinheiro para gastar em fraldas.
PS: Quem vai ter o exclusivo mundial da primeira foto de Cristiano com o rebento? Um negócio de milhões, certamente. Alerta-se que o da foto é o sobrinho mais novo do atleta.

As confissões de Zulmira

Zulmira Ferreira, que não seria ninguém na vida caso não tivesse tido a sorte de casar com Jesualdo Ferreira, participou num daqueles estimulantes inquéritos de Verão do «Correio da Manhã», o jornal de que todos falam. Questionado sobre «quem mandaria para uma ilha deserta?», Zulmira responde, sem pestanejar: «José Sócrates. Tem feito sofrer os portugueses». A avaliar pelos ordenados auferidos pelo marido no FCP, Zulmira deve estar a falar de cor ou do que ouve na praça quando vai comprar o peixe e a carne. Sempre solidária com a arraia-miúda, o próximo destino da família Ferreira é Málaga, na Costa do Sol espanhola. Será que lá ela vai continuar a lembrar-se do Sócrates ou passará a concentrar a sua ira em Zapatero quando o governo socialista de Madrid for ao bolso do marido em impostos sobre o ordenado?

Uma season pouco silly

O Verão em Portugal é sempre quente, nos termómetros e no «melting pot» conflituoso que se vai gerando na nossa sociedade. Já tivemos o arrastão, que parece que foi invenção de alguns, no areal de Carcavelos, tivemos a rebelião na Quinta da Fonte e, the last but not the least, o cinematográfico assalto ao banco do Salgado, em Campolide. Negros, ciganos e brasileiros. Cocktail explosivo para uma sociedade que, sente-se, está cada vez mais hostil face às minorias. Do lado da polícia a receita é mobilizar para malhar em tudo o que mexe e em que tudo o que é foco de provocação. A época estival ainda só agora começou. Não sei porquê, mas Agosto é sempre sinónimo de confusão. No domínio da segurança é garantido que não há silly-season. O MAI e maçon Rui Pereira que se cuide. Fogos, conflitos sociais e algumas revoltas anti-portagens podem ser o princípio do fim para um governo em lenta desagregação. O Dias Loureiro pode lembrar-lhe umas histórias do passado...

O lírico

As transferências de Fátima Lopes da SIC para a TVI e de João Moutinho do Sporting para o FC Porto, até calham bem em coincidir porque significam isto: o pretenso amor à camisola é chão que deu uvas e a mercantilização de qualquer actividade, sendo o futebol e a televisão os expoentes máximos, é quem mais ordena. O resto são tretas. O lã branca Bettencourt lembrava hoje na conferência de imprensa, já conhecida pela guerra das maçãs podres, o caso de brio profissional e amor ao clube protagonizado por Manuel Fernandes. Importa recordar que os tempos são outros, caro presidente. Profundo conhecedor do meio da banca, Bettencourt devia partilhar com os sportinguistas e os portugueses em geral se quem trabalha neste competitivo sector também jura fidelidade eterna à sua entidade patronal. Tretas é o que é.

Hot in the city

Mão amiga fez-nos chegar esta imagem captada no centro da cidade de Lisboa, por essas 5 da tarde. É Verão, certamente, mas o que intriga é a permanente oscilação e o padrão quatro estações repartidos pelo ano inteiro. Perguntem ao Anthímio, meteorologista da velha guarda, se o tórrido calor estival é para continuar. Enquanto isso o melhor é recordar este vetusto «40 graus à sombra» dos inesquecíveis Radar Kadafi.