21 junho, 2010

Um trauma do carago

Definitivamente os coreanos, os do norte, não se dão bem com os portugueses. A nação tuga está eufórica, mas foi uma grande maldade que fizemos aos coreanos no primeiro jogo de futebol transmitido em directo naquele país. As imagens que a TV mostra e as fotos que as agências difundem são de desconsolo, com crianças num pranto, inconformadas com a goleada e esperançadas que dentro de quatro anos a selecção do querído líder regressará a um mundial. Já não há respeito pelos oprimidos!

Sofrimento e dor a olho nu

O DN consegue superar tudo o que é possível na arte da exposição do sofrimento e dor alheios. A foto, captada no velório de José Saramago e estampada na primeira do jornal do Marcelino, é um um momento de grande felicidade para o fotógrafo, mas não havia necessidade, como diria o «Diácono Remédios».

De bestas a bestiais


A selecção está a papel químico do país: da depressão à euforia. De bestas a bestiais. Os sete secos aos pobres coreanos é um balão de oxigénio. Até Cristiano, a estrela da companhia, fez o gosto ao pé, após um golo que foi um misto de felicidade e de arte. Depois de aberta a garrafa de ketchup, afinal já somos os maiores. No final da história acabo por ter pena dos asiáticos. Depois desta banhada vão, por certo, engrossar os campos de concentração liderados pelo seu «querido líder».