10 junho, 2010

Assassínio público de um concerto memorável



Fazendo jus à tradição de assassinar todos os concertos que transmite, o serviço público de rádio e televisão, neste caso a RTP2 e a Antena 3, recrutou dois perfeitos anormais, cujo nome desconheço, para dizer gracinhas e tecer outros comentários de circunstância antes, durante e depois do memorável espectáculo desta noite que antecedeu a abertura do Mundial 2010.
Tem que passar a existir nos comandos (faça-se uma petição, já!) uma função que permita fazer «mute» apenas aos comentários destes cretinos que insistem em colar-se a grandes momentos televisivos. Para quem não viu, a RTP1 repete mais tarde, como é costume em horário próprio dos filmes com bolinha.
Alicia Keys e Shakira foram as estrelas mais cintilantes da noite de Joanesburgo. Fica um cheirinho da emissão retirada da TV Globo que, pelo menos, aparentemente, não tinha comentários de «brazucas» idiotas.

Quem promove uma imagem assim não é Gaga

Pode até não se gostar, mas Lady Gaga não pára de bater recordes e as suas aparições não têm paralelo na expectativa e polémica que geram. É a nova Madonna, necessariamente com mais irreverência e com a elevação do conceito e produção de um ícone ao expoente máximo. A última provocação chama-se «Alejandro», tem 9 minutos de duração e é uma ode à comunidade gay, com uma pitada de sadomasoquismo. Em menos de 24 horas foram cerca de 3 milhões a espreitar o video no canal da cantora britânica no YouTube. Um fenómeno. E como todos os fenómenos este também não tem explicação. Para os que já se deixaram seduzir o melhor é apressarem-se e adquirir bilhete para o espectáculo de Dezembro no Pavilhão Atlântico.

E se de repente dois ícones se juntassem...

Se for um rapaz com dois dedos de testa Cristiano Ronaldo vai mandar emoldurar e colocar numa das suas 18 casas algures do Planeta a foto que tirou ontem com Nelson Mandela. Carlos Queiroz meteu a «cunha» e o líder africano recebeu em privado o treinador português e «CR7». Pode ser que o ex-presidente da África do Sul seja talismã para uma selecção que exala pouca fé.