12 março, 2010

Forte(s) na língua, fraco na pista

Por certo que se lembram dos lamentos do atleta Marco Fortes quando foi eliminado das Olímpiadas de 2008, em Pequim, na prova de lançamento do peso. Justificou o então atleta do Sporting que as qualificações começaram de madrugada e que devia estar-se era na caminha. O comentário custou-lhe um imediato bilhete de regresso a Lisboa e muitas mostras de solidariedade. Dois anos depois, nos mundiais de pista de coberta, em Doha, no Qatar, Fortes, agora no Benfica, voltou a quedar-se pela ronda de qualificações. Nem um ensaio válido na prova de lançamento de peso. O atleta admitiu a sua desilusão e confessou que tem tido «mais dias maus do que bons». Custa dizer, mas ele é a imagem da degradação do atletismo e, no fundo, do desporto português. Durante anos estivemos viciados nos isolados feitos de Lopes, Rosa e Fernanda. Agora ficar nos dez primeiros, diante da nata do atletismo mundial, já é um prémio de consolação. Afinal, o atletismo, como todas as modalidades à excepção do futebol, é tratado, por cá, como sendo uma actividade puramente amadora.

Já nem os congressos do PSD entusiasmam

Já nem os congressos do PSD são aquilo que sempre foram. Longos e emocionantes. Segundo o «CM», o evento deste fim-de-semana em Mafra pode decorrer apenas durante um dia, em vez dos dois inicialmente previstos. A proposta foi apresentada por Rui Machete aos responsáveis pelas candidaturas à presidência do partido. A hotelaria e a restauração da zona Oeste é que não vão ficar muito satisfeitas.