08 outubro, 2009

Asfixia sensual

Com a devida vénia de um camarada e amigo que regularmente me bombardeia e enche a caixa de correio com uns «miminhos» de rebimba o malho, partilho com todos os leitores uma potencial capa-choque da «FHM». É tudo ficção, é tudo montagem, mas bem «vendida» esta edição podia ter mais sucesso que o «flop» inaugural com a Mónica das Delirium. Ainda na política, Joana Amaral Dias e Teresa Caeiro, mesmo algo tapadinhas, dariam um bom número de uma qualquer revista para o segmento «macho». Têm ambas charme e pelo...na venta.

Pobreza envergonhada e pobres de espírito

Afirmar que o aumento da desigualdade foi o grande recuo dos últimos anos não é mera retórica política. Todos os dias os jornais trazem novas (e más) notícias sobre o sobreendividamento das famílias. Diz o «JN» que a crise tem obrigado os portugueses a devolver os cartões de crédito e de débito. Muitos viram-se na contigência de o fazer por não controlarem o simples impulso da tentação. Cerca de 60 mil cartões foram retirados de circulação num espaço de um ano. Algo nunca visto. E há os outros que não abdicam do vício de se endividar enquanto a orquestra vai tocando e o barco se afunda. «Se o Estado nunca deu o exemplo, quem sou eu para dar uma de poupadinho?», pensam. A verdade é que quem atinge determinado patamar de conforto e de consumo, dificilmente quer abdicar do que atingiu. Os bancos têm dado uma preciosa ajuda no enterro colectivo, mas ultimamente têm restringido as facilidades devido às taxas de incumprimento. Entidades como a Deco vão avisando da «bomba-relógio» que um dia vai rebentar. Os «novos pobres», como é fino e corrente dizer-se, estão tesos como um carapau, mas querem, a todo o transe, conservar seu «pedigree» social: já nao querem ir para a fila receber alimentos às instituiçoes de solidariedade. Preferem os vales de refeição da Cáritas, para que ninguém repare. Pobres, mas de espírito.

O «rei dos disparates»

Anda muito caladinho, mas quando abre a boca parece um elefante numa loja de louça de Limoges. Sousa Cintra fez «2 em 1» em termos de disparates. Afirmou que Santana Lopes foi o melhor presidente dâ Câmara de Lisboa desde o tempo do...Marquês de Pombal, e que o Sporting estava numa classificação abaixo do normal no campeonato devido às arbitragens. O negócio das cervejas já faz parte do passado, mas Cintra, o «ex-rei das águas», é bem capaz de andar a beber uns copitos por fora.