28 setembro, 2009

Parem as máquinas

Cavaco faz amanhã, à hora do jantar, «uma declaração à comunicação social». Espera-se que o PR tenha algo de realmente importante para dizer, já que a inabilidade tem sido abundante. De certeza que muitas dúvidas vão ficar por esclarecer. A ordeira e bem mandada classe jornalística não faz ondas e teima em não exigir que no final da declaração, o senhor PR se submeta a algumas questões da «press», como acontece, por exemplo, com Obama nos Estados Unidos. Por cá, ouvem e calam.

Ajuda divina

As comparações da política com o futebol não acabam. O PSD, considerado o partido mais genuinamente português, anda numa aflitiva sequia de poder, comparável com a falta de títulos do Benfica no campeonato nacional. Um tem sido um «cemitério» de líderes, o outro uma «vala comum» de treinadores. Nos últimos 14 anos, os sociais-democratas estiveram 3 anos a governar, enquanto o clube da águia, nesse mesmo período, só comemorou o sabor da vitória por uma única ocasião. Na Luz, dizem que parece que «este ano é que». Na S. Caetano à Lapa, por muito que se ganhe a Taça da Liga e a Taça de Portugal, leia-se europeias e autárquicas, o que os adeptos e os laranjas de carteirinha ambicionam é mesmo chegar ao governo. O cheiro a poder continua longe. O PSD precisa, urgentemente, de um Jorge Jesus na liderança.

Adeus até ao meu regresso

A Ongoing chegou a acordo com a Prisa para comprar 35 por cento da Media Capital. Pode ser o regresso de Moniz, agora administrador da Ongoing, para resgatar a «emprateleirada» Manuela, algures no primeiro andar da redacção de Queluz de Baixo. O problema é que agora com um governo minoritário talvez não faça muito sentido o regresso do «Jornal Nacional» das sextas. Digo eu.

Manobras de diversão

Diz-se que a política é a arte do possível, mas o que se assiste é que algumas forças partidárias estão a fazer malabarismos impossíveis para demonstrar que o PS perdeu estas eleições, quando o score final revela o contrário. Estabelecendo um paralelo com o futebol é o mesmo que Paulo Bento fez quando a sua equipa saiu derrotada no Dragão e o técnico leonino socorreu-se de um caso mal resolvido com o árbitro Duarte Gomes para uma manobra de diversão.