19 maio, 2009

E se de repente faltasse a luz?

Curiosa a «estória» contada pelo correpondente da RTP em Washington, Vítor Gonçalves. Está previsto para os meses do próximo Verão, nos Estados Unidos, um «baby boom». Segundo explicam os especialistas, a devastação provocada pelo furacão «Ike», no Texas e na Florida, bem como a crise económica que afecta as famílias americanas, levou a um aumento da natalidade, sem precedentes nos últimos anos. Os futuros progenitores revelam que com pouco dinheiro para gastar (fruto da crise) e sem electricidade (consequência do furacão), criaram-se as condições propícias para...algo acontecer. Cavaco, que apelou aos portugueses empenho no nobre acto de procriar, é que devia ter visto esta reportagem. Talvez concertando estratégias entre o Palácio de Belém e a EDP possamos assistir a uma recuperação da natalidade em Portugal. Fica a dica para os assessores presidenciais.

A agenda do bastonário

Quando Marinho e Pinto foi eleito Bastonário da Ordem dos Advogados, José Miguel Júdice, um dos seus antecessores, disse que o ex-comentador da SIC tinha a ambição política de chegar um dia a Presidente da República. Essa declaração foi vista como uma graça. O ano e meio que leva de mandato tem sido o espelho da sua personalidade, ou seja, controverso. É parecido com AJ Jardim, em 10 frases, diz oito que são grandes verdades, mas com um estilo de intervenção que cria urticária. Quis «limpar» os vícios instalados dos anteriores bastonários e dos seus apaniguados que ainda resistem pelos conselhos distritais, mas vê-se rodeado de críticos que o acusam de prepotência. O Orçamento da Ordem continua por aprovar. Enquanto vai sobrevivendo, como pode, Marinho e Pinto prossegue a operação de charme ao PS. Depois da «cabala» da Casa Pia, defende que o Freeport é um «cozinhado», utilizando, inclusive, o órgão oficial da Ordem para fazer passar essa mensagem. Parece que o bastonário tem, em paralelo com o seu papel de representante dos advogados portugueses, uma agenda política. Veremos até quando vai conseguir segurar um lugar que foi alcançado com a mais ampla votação de sempre da instituição.

Uma história como tantas outras...

«As férias de nove dias em Itália tinham sido preparadas ao pormenor. A descoberta de Roma e, em especial, a visita a Florença tinham superado as expectativas. Mas a viagem não iria terminar sem uma desagradável surpresa: o cancelamento, sem qualquer aviso, do voo da TAP que os iria trazer de regresso a Lisboa. Nuno Silva e a amiga foram obrigados a pernoitar nos bancos do aeroporto de Fiumicino, sem direito a comida ou a qualquer outro tipo de atenção por parte da companhia aérea que, na tarde e noite de 5 de Maio, não tinha ninguém que a representasse no aeroporto.
Nuno e a amiga chegaram ao aeroporto pelas 15.30 horas, antecedência mais do que suficiente para fazer o check-in no voo TP 843, com partida marcada para as 19 horas. Mas, para sua surpresa, os dois balcões da companhia estavam fechados e o voo nem sequer constava da lista de partidas.
Dirigiram-se ao balcão de informações, onde foram encaminhados para um balcão que congrega várias companhias aéreas, entre elas a TAP e a Iberia. “Esse voo foi cancelado há cerca de um mês”, respondeu-lhes uma funcionária. Ninguém os avisara do cancelamento, nem por telefone, nem para o email utilizado para fazer as reservas (os bilhetes foram comprados através do site edreams). “Mortinhos por chegar a casa”, os dois amigos não tiveram outra alternativa a senão esperar pelo primeiro voo do dia seguinte (o TP835, com partida às 6.20 horas). Dormitaram nos bancos do aeroporto, lado a lado com os mendigos, e ainda foram abordados pela polícia. Inconformados com o tratamento, estão a preparar uma queixa à TAP.»
in 'Jornal de Notícias', 19 de Maio 2009

História das orgias

Estamos todos nas mãos das novas tecnologias. Os que hoje elogiam a forma como a perturbada professora de Espinho caiu na cilada de uma aluno, que munido de um gravador captou as esquizofrénicas palavras da docente de História, podem amanhã sucumbir numa armadilha semelhante. É a velha questão, cada vez mais actual, da legitimidade de uma gravação à sucapa de uma conversa, mas que não era, obviamente, do foro privado. Depois do lamentável episódio do «Dá-me o telemóvel», que provavelmente já ninguém se lembra, este pode ficar conhecido como «a professora de História das orgias».

Mafia à portuguesa

Dois indivíduos, não identificados, abordaram hoje o advogado Dias Ferreira, junto ao seu escritório, na Av. A A Aguiar, em Lisboa e terão aconselhado o membro do Conselho Leonino a desistir da sua pretensão de se candidatar à presidência do Sporting, para além de outros mimos e empurrões. Devido aos interesses que movimentam, a dinâmica dos clubes portugueses e dos seus simpatizantes está cada vez mais parecida com a mafia. Para a cópia ser igual ao original, só falta mesmo dar o tiro de misericórdia, à boa maneira siciliana.