11 maio, 2009

Sem medo das palavras

Cansado que estou (penso que quase todos estão) do estilo do «vira o disco e toca o mesmo» de Medina Carreira, começo a decantar-me pelo registo polido, mais ponderado, mas igualmente glaciar de Alexandre Soares dos Santos, o patrão da bem sucedida Jerónimo Martins. Em entrevista ao neófito «I», Soares dos Santos diz que Portugal não tem um bom governo e defende a solução bloco central no caso de não haver maioria parlamentar de um partido. Contudo, a afirmação que me chamou mais a atenção prendeu-se com os investimentos em Angola. O homem forte da Jerónimo Martins disse, taxativamente, recusar-se a «entrar em mercados onde haja corrupção». Tendo em conta a inexplicável reverência que existe para com os poderes angolanos no nosso país, é caso para dizer que Alexandre Soares dos Santos é um grande empresário com os ditos no sítio.

25 anos de saudade

Num país em que, por tudo e por nada, se faz uma homenagem a propósito de uma qualquer efeméride, inclusive os 2 anos do desaparecimento da menina Maddie, desta vez esqueceram-se dos 25 anos da morte do grande ciclista Joaquim Agostinho. A revista de domingo do «Correio da Manhã» foi a honrosa excepção, relembrando em 9 páginas «o dia em que Agostinho deixou o povo órfão, 10 de Maio de 1984.

Dá-lhe com alma, Joe!

O desaparecido Joe Berardo diz que quer «acabar com a pouca vergonha» no Benfica. Será que ele está disposto a desembolsar alguns dos milhões que ainda lhe restam para as aquisições do plantel encarnado para a temporada 2009/2010? Se ele trouxer o Ibrahimovic, o Messi e o Casillas prometemos meter os papéis para sócios do clube encarnado para garantir o voto do comendador madeirense nas próximas eleições. Understand?

Depois do logro cigano, só Jesus pode salvar o Benfica


Jorge Jesus no Benfica por duas épocas (Correio da Manhã, 11 Maio 2009)