26 abril, 2009

O bicho é manso, diz ele

O «animal feroz» voltou a fazer das suas. Desta feita, à saída da dura sessão de perguntas, cirurgicamente seleccionadas pelo aparelho do Largo do Rato. A jornalista do «Público» estava lá e descreveu o delicioso diálogo:
«(...) José Sócrates saíra da sala da “entrevista”, sorridente, com ar de quem passou com distinção na prova oral, e perguntou “Não foi mal, pois não?”, dobrando as folhas brancas com notas usadas nas respostas. E estava ali, a “dar sopa”, para os poucos jornalistas presentes. Uma jornalista pergunta se se pode aproximar e fazer uma pergunta. “Claro, eu não mordo”, responde Sócrates sorridente.“Não morde mas rosna. E às vezes rosna muito”, replica-lhe ela em voz alta. O primeiro-ministro fica atrapalhado, responde que não é bem assim, ainda a rir, sem saber muito bem o que fazer, mas ela insiste com o “rosnar”. Talvez pelo efeito surpresa, Sócrates nem se zangou, mas o caso cerrou alguns sobrolhos».
Fonte: Público, 26 Abril 2009

Higiene política

A «Veja» brindou os seus leitores com mais um exercício de inteligência e de crítica aberta aos políticos, ilustrando a capa do último número com um autoclismo, incitando os eleitores puxarem o dito para se livrarem deles. «A falta de honestidade, pudor, decoro, compostura e espírito público desmoraliza o Congresso. Só o o voto pode banir os maus políticos sem ameaçar a democracia», pode ler-se. Um retrato com inquietantes semelhanças com o nosso «quintal». Só nos faltam é publicações com a coragem da «Veja».

Amor em tempos de cólera

Os casos multiplicam-se a cada hora. A gripe suína, com epicentro no México, ameaça converter-se num grave problema de saúde pública a nível mundial. Na foto, dois jovens beijam-se, em plena Cidade do México. Um gesto que as autoridades desaconselham vivamente, sem protecção. Curiosamente, o slogan turístico da capital é «bésame mucho».