08 janeiro, 2009

Os dias da (in)tranquilidade

Contra todos os prognósticos Soares Franco quebrou o tabu, anunciando que não vai recandidatar-se à presidência do Sporting. Soou a desculpa esfarrapada invocar as «responsabilidades empresariais e sociais» na sua vida como empresário e a falta de um «projecto inovador, para um ciclo de modernização e inovação» impossibilitado pelo insuficiente apoio dos sócios em Assembleia Geral para viabilizar o projecto. Admite-se que a solução de continuidade deve estar assegurada. Provavelmente Rogério Alves, o actual presidente da AG leonina ou Ribeiro Teles. A «guerra» aberta de facções está garantida. Do exterior, perfila-se Dias Ferreira, o das berrarias na taberna do «Dia Seguinte», que também não perderá a oportunidade para aferir o seu capital mediático acumulado nos anos que leva de prestações televisivas. Certo, certo é que os próximos meses adivinham-se, com ou sem Paulo Bento, de pouca tranquilidade para os lados de Alvalade.

O Mário sem medos

Inspirando-se no conhecimento prático da realidade americana, que teve oportunidade de privar de perto, Mário Crespo está a tentar construir a imagem do «pivot» mais sério e credível da televisão portuguesa. Goste-se mais ou menos do estilo, a verdade é que tanto o podemos ver a fazer suar com as suas perguntas o esfíngico Pedro Silva Pereira ou o inenarrável Paulo Rangel. Crespo vai ter um programa de entrevistas na SIC-«mãe» e já iniciou uma colaboração diária no «Nós por cá», de Conceição Lino, chamada «Informação e contra-informação». Alerta-nos o «CM» de hoje, que Mário, sem medos, expressou a opinião que as fontes presidenciais lançam notícias para a praça pública, através dos jornais, para as desmentirem logo de seguida. «É uma constatação», disse o jornalista ao «CM». Crespo referia-se, por exemplo, à notícia do semanário «Sol» que o PR tinha censurado em privado o OE 2009, mas tal acabou por não impedir a sua promulgação. Mário Crespo referiu que estas situações são «armas para substituir a formalização de uma comunicação de uma instituição da República, por uma mensagem passada subtilmente através da imprensa». Veremos como Cavaco e a sua entourage, sempre tão atentos às movimentações na paisagem mediática, reagem a este comentário do pivot do «Jornal das 9». Um desenvolvimento rigorosamente a não perder...

O Tintim é gay e depois?

Faz sábado 80 anos que Tintim e as suas aventuras começaram a encantar pequenos e graúdos. Nem de propósito, o jornalista da BBC, Matthew Parris, saiu a terreiro para defender que se esclareça, abertamente, a verdadeira orientação sexual do rapaz da poupa inventado por Hergé. São 13 as razões defendidas por Parris, mas a mais exótica, e que segundo o repórter da BBC faz crer que Tintim é homossexual, é «a ausência de mulheres nas histórias». Conclui que «Milú» é «o único personagem abertamente heterossexual». Com as caixas de Pandora que todos os dias se abrem, qualquer dia vai ser especialmente dramático mostrar o que quer que seja aos mais pequenos...

Menos um Ferrari em circulação...

Cristiano Ronaldo estampou, esta manhã, o seu Ferrari 430, avaliado em 160 mil euros, um dos seus 13 bólides que tem na garagem da mansão, próximo do aeroporto de Manchester. O carro ficou no estado que as imagens documentam. O português saiu ileso do despiste. Onde é que andas com a cabeça, pá?