22 junho, 2008

A ferro e fogo

A guerra de claques prossegue. O autocarro que transportou a claque do FC Porto até Lisboa para assistir ao jogo de hóquei em patins com o Benfica foi incendiado por desconhecidos nas imediações do estádio da Luz. Por sorte, ninguém morreu. Talvez seja altura de se fazer algo antes de futuros encontros entre as duas equipas, em Lisboa ou no Porto. Mas em vez de prevenirmos eventuais tragédias, o mais natural é que todos se limitem a lamentar o que pode vir a acontecer.

Bebedeira de bola

Se há empresas que lucram com a febre do futebol de 2 em 2 anos, nos mundiais ou nos europeus, essas são as cervejeiras. Segundo uma estimativa divulgada, foram consumidos nas zonas circundantes do estádio onde decorreu o Holanda-Rússia dos quartos de final do Euro 2008, cerca de 500 mil litros de cerveja. Dentro de campo, os russos acabaram por embriagar a laranja holandesa, no melhor jogo do torneio. O russo Arshavin despontou como o novo «czar» do futebol europeu e, a continuar assim, não seria um escândalo se a Rússia repetisse o feito surpresa dos gregos do europeu 2004.

A tentação dos milhões

A «novela» Ronaldo deve resolver-se durante a semana que amanhã começa. Hoje, o treinador do Real Madrid confirmou que o clube está disposto a investir 100 milhões de euros pelo português (cifra que bateria o anterior record de uma transferência pertença de Zidane quando foi da Juventus para o clube merengue), mas também deixou uns avisos que fazem prever vida difícil na capital espanhola para o madeirense. Bernd Schuster disse que «Em Espanha, Ronaldo não vai marcar tantos golos como em Inglaterra. Não pode». O técnico alemão acrescentou que a chegada de um jogador do seu nível reveste-se do perigo «dos outros baixarem o seu rendimento». «Aconteceu connosco em Barcelona, com a chegada de Maradona. Todos dizíamos, ele faz tudo, e inconscientemente todos baixaram o nível». Ronaldo cumpre o sonho, mas eleva a fasquia e aumenta o fardo sobre as suas costas.

Do milagre à maldição turca

É verdade que não vale a pena chorar sobre o leite derramado, mas com o avançar do Euro 2008 fica a convicção que este título não nos ia escapar se os germânicos tivessem sido eliminados. O nosso adversário nas meias-finais seria a Turquia, que se apurou por milagre diante da Croácia, mas está a braços com uma praga de castigos e lesões. O treinador Therim só pode contar com 11 jogadores de campo e os dois guarda-redes suplentes para o jogo com a Alemanha e pondera mesmo fazer alinhar Tolga Zengin, o terceiro guardião, como defesa central ou ponta de lança.