05 maio, 2008

E se o projecto europeu deixasse de ser porreiro a 12 de Junho?

Soaram os alarmes em Bruxelas. Um eventual chumbo por parte dos irlandeses do Tratado de Lisboa no referendo a realizar-se a 12 de Junho podia constituir o toque de finados de um projecto cambaleante e moribundo. Ciente que deste resultado depende o futuro da Europa, Bruxelas não tem regateado palmadinhas nas costas e «rebuçadinhos» para os simpáticos irlandeses. O que é preciso é não indispô-los, ainda mais. Segundo a última sondagem, são 35 por cento os partidários do «sim» à Europa , contra 31 por cento que dizem «não». Se não faltar a cerveja «Guiness» e uns pontapés na bola aos irlandeses, até pode ser que Barroso e Sócrates possam reeditar o célebre «porreiro, pá».

Ensaio sobre a cegueira

Os americanos são o povo que mais olha para o seu umbigo. Muitos deles, incluindo o seu presidente, apenas depois dos 50 anos fizeram a sua primeira viagem à Europa. O conteúdo da revista «Time» desta semana é elucidativo do que acabámos de dizer. O habitual número anual dedicado às «mais influentes pessoas do Mundo», expressa bem o longínquo mundo em que os americanos habitam. Na rubrica «Heroes & Pioneers», os desportistas eleitos são André Agassi, Lance Armstrong e...Kaká. Ignorar o maior fenómeno futebolístico, comercial e da globalização da actualidade, chamado Cristiano Ronaldo, é um autêntico ensaio sobre a cegueira. God Bless them...

A queda para o disparate

Pensava-se que Adelino Salvado, um ex-director nacional da PJ que bateu o recorde dos disparates e da imprudência no tempo em que liderou a polícia criminal de investigação, não tinha adversário à altura. Mas o tempo veio desmentir esta ideia. Alípio Ribeiro está na senda para alcançar a liderança do concurso de «tiros no pé» na Judiciária. Depois de lhe ter saído o comentário que a constituição dos McCann como arguidos tinha sido «precipitada», hoje disse que podia ser pensada a mudança de tutela da PJ, da Justiça para o Ministério da Administração Interna. Assim, a sangue frio. Parece que o ministro Alberto Costa é amigo de Alípio há mais de 30 anos, caso contrário havia motivos mais do que suficientes para mandar o homem de regresso a casa.

Maio, mês de aparições na TVI

Inimigos de estimação, Miguel Sousa Tavares e Vasco Pulido Valente vão «encontrar-se» no mesmo canal de televisão, a TVI, mas en dias diferentes. Maio é mesmo o mesmo das aparições no canal de Queluz de Baixo, com o regresso de Manuela Moura Guedes, Constança Cunha e Sá, já para não falar da colaboração confirmada de Pulido Valente no Jornal Nacional das sextas-feiras. Não se confirma que o articulista do «Público» tenha exigido para aceitar o convite da TVI não se cruzar com Sousa Tavares nos estúdios do canal meio português, meio espanhol.