01 maio, 2008

A «Nova Oportunidade» de Jardel

Acabadinho de sair da fossa decorrente da maldita cocaína em que se meteu, Mário Jardel regressou a Portugal, não para voar sobre os centrais, mas para pedir emprego no telejornal da TV do Estado em horário nobre. Aos 34 anos, Jardel não faz por menos: só quer Benfica, Sporting ou FC Porto. O melhor é mesmo falar com o Sócrates, talvez o milagroso programa das «Novas Oportunidades» o requalifique para o mundo laboral do pontapé na bola.

Os novos pobres

A crise alimentar está e vai afectar os mais vulneráveis. De entre os fortes, Portugal é dos mais fracos. Isabel Jonet, a presidente do Banco Alimentar contra a Fome, denuncia em declarações ao «Diário Económico» o fenómeno dos «novos pobres». «Nos últimos meses, mais do que duplicaram os pedidos directos ao Banco Alimentar. E há cada vez mais casos de classe média», acrescenta. Segundo previsões de especialistas, cerca de 2 milhões de portugueses vivem em situação de pobreza, muitos deles com fome, o que não deixa de ser curioso no país em que as casas e os carros de topo têm lista de espera, os concertos a 50/100 euros ou mais estão esgotados com semanas de antecedência e as agências de viagens não têm mãos a medir nas férias e nas frequentes «pontes». Muitas desigualdades num país tão pequeno. Para meditar...

Será que cabe mais um?

Arranca em 2009 o campus de Justiça que vai concentrar 25 serviços do Ministério da Justiça actualmente espalhados por Lisboa. O local escolhido para a concentração dos tribunais situa-se entre o Pavilhão Atlântico e a Torre Vasco da Gama, na Av. D. João II. Entretanto, a PT estuda também a possibilidade de erguer a sua futura sede no Parque das Nações, para albergar 6 mil colaboradores. A poucos dias de se cumprir uma década sobre o início da Expo 98, aquele revitalizado e aprazível espaço da capital corre o risco de ficar à beira da ruptura, se é que ainda ninguém reparou nisso...

A vingança do «menino guerreiro»

O «menino guerreiro» não desiste mesmo e quer vencer o PPD/PSD para ajustar contas com Sócrates em 2009. Na «Grande Entrevista», o ex-primeiro ministro revelou «procurar a legitimidade que não teve» quando foi líder dos sociais-democratas no aziago ano de 2004 e deixou o aviso que «não vai transigir com mais "barões insubordinados". Se vencer essas pessoas terão que mudar de vida ou, provavelmente, de partido». Pacheco Pereira, Miguel Veiga e companhia que se cuidem...

À meia Luz

Regressou o circo, mediático, à Praia da Luz a propósito da efeméride do desaparecimento de Madeleine McCain, que se cumpre no próximo sábado. A SIC parece o mais entusiasmado dos canais portugueses com a data, tendo enviado Maria João Ruela para a porta do Ocean Club durante os próximos três dias. A vila piscatória vive uma das maiores crises turísticas dos últimos anos e segundo os moradores, a exposição do caso Maddie afastou os forasteiros daquela localidade do barlavento algarvio. Até o célebre «Tapas Bar», deixou de servir refeições.

O cowboy solitário e impopular

Prestes a arrumar a mala para regressar em definitivo ao seu rancho do Texas, George Bush já é considerado pelos americanos um dos piores presidentes das últimas décadas. Uma sondagem da CNN revela que 71 por cento desaprova a governação de Bush, valor que bate os recordes negativos alcançados por Nixon e Truman. Na imagem que apresentamos, no dia 1 de Maio de 2003, Bush anunciava «missão cumprida» no Iraque. Viu-se...

Amor en el aire

Especula-se a relação causa-efeito entre o início do namoro de Cristiano Ronaldo com Nereida Gallardo e a descida do nível exibicional do português, mas a verdade é que este relacionamento parece ganhar asas. Depois de mostrar as suas generosas mamocas numa revista da especialidade do país vizinho, a menina Nereida foi fotografada com uns «pendientes» com o design «R7». Ou seja, Ronaldo, 7, o número da camisola que o jogador enverga no Manchester United. El amor está en el aire.

Investidor, administrador e mal pago

O burlão que se fez passar por investidor de 38 milhões de euros no Boavista, declarou hoje em tribunal que é administrador de uma empresa chamada «Fast Answer», onde aufere....650 euros por mês. Ou seja, o ordenado mínimo. Estupefacto, o juiz referiu não conhecer qualquer administrador em Portugal que ganhe o ordenado mínimo. «Isso deve ser o que declara às Finanças», retorquiu o juiz. Este magistrado é esperto como um alho. Pena que em Portugal, por falcatruas semelhantes a esta, a justiça portuguesa só tenha enjaulado o senhor João Vale e Azevedo.