14 outubro, 2007

O turbo-político 2

Ribau Esteves é um jovem político em ascensão. A fidelidade de vários anos no caminho tortuoso que Menezes percorreu até chegar à liderança dos sociais-democratas foi premiado com o cargo de secretário-geral. O presidente da Câmara de Ílhavo também vai acumular funções e, em declarações à TVI, confessou "trabalhar 19 horas por dia". Se o sr. Ribau não estiver a seguir as pisadas de Pinóquio, Marcelo Rebelo de Sousa tem um concorrente à altura.

O turbo-político 1

Fernando Seara não resiste a um convite. Regressa em grande à actividade político-partidária, assumindo uma das vice-presidencias da direcção de Menezes. Para além disso, acumula funções na Câmara de Sintra e não abandona a sua tertúlia das segundas-feiras na SIC-Notícias. Infelizmente, para estes turbo-políticos o dia só tem 24 horas e a acumulação de cargos pode gerar incómodos embaraços: o que fazer quando uma crise partidária coincidir com uma participação no pequeno ecrã?

Zita, a dona da bola

Deputada pela mão de Santana Lopes, vice-presidente na equipa de Marques Mendes e sua apoiante nas directas, Zita Seabra integra agora a direcção de Luis Filipe Menezes. A ex-comunista, das tais que está sempre com todos os líderes, usou uma metáfora futebolística para justificar ter aceite o convite do novo líder laranja: "Quando se perde não se deve levar a bola para casa". Zita está sempre em jogo, não pode é admirar-se que lhe chamem "vira-casacas".

Espectáculo garantido

O primeiro-ministro vai, muito em breve, sujeitar-se a dois debates mensais no Parlamento. Ver Sócrates, Santana Lopes, Portas e Louçã, a esgrimirem argumentos no hemiciclo, devia ser espectáculo para transmitir em horário nobre. A concorrência vai apertar para o líder socialista.

Liderança bicéfala

O PSD vai ter dois chefes. Menezes e Santana. Um na São Caetano à Lapa outro no Palácio de São Bento. Conhecendo-se a personalidade do ex-primeiro ministro, que ainda ontem à noite disse "que ninguém manda me mim", quando lhe perguntaram se lhe tinham pedido silêncio no congresso, é de esperar muita agitação interna.

O chefe do "albergue espanhol"

O fim de semana tem tons de laranja terminou com a entronização de Luis Filipe Menezes, no congresso do PSD, e com um discurso de de mais de uma hora, "virado para fora do partido", como agora se diz. A aclamação do novo líder não terá sido, contudo, tão clara como se esperava. Menezes tem uma equipa que é um verdadeiro "albergue espanhol", está em inferioridade no conselho nacional e uma série de "atiradores" furtivos, o seu arqui-rival Rui Rio e os comentadores Marcelo e Pacheco, por exemplo, que não hesitarão em premir o gatilho.