13 junho, 2007

O respeitinho é muito bonito

Sentindo as orelhas a arder depois da reprimenda com origem em Belém, na sequência da transmissão de parcial das comemorações do 10 de Junho, a Direcção de Informação da RTP desfez-se hoje em desculpas, prometendo emitir a parte que não difundiu, no próximo domingo. Augusto Santos "Chavez" Silva deve ter dito das boas ao camarada Luís Marinho, ilustre director da televisão do Estado.
Em pleno turbilhão da Ota, o Governo só tem é que manter as boas relações com Belém e prestar vassalagem a Cavaco.

A frase do dia

«Nada há de tão estúpido como a esquerda actual»,
José Saramago, Agência Lusa

Caso Madeleine: Judiciária "às aranhas"

41 dias depois do desaparecimento da menina inglesa, a Polícia Judiciária, volta ao terreno, desta feita a um local próximo de Odiáxere, a 15 quilómetros do Ocean Club, da Praia da Luz, no sentido de confirmar ou desmentir a pista veiculada por um jornal holandês que recebeu na sua redacção uma carta anónima, descrevendo com algum pormenor o local hipotético onde pode estar Madeleine McCan. "Às aranhas" desde o início da operação, a Judiciária vai a reboque e desgasta-se em busca de pistas anónimas e, ao que parece, desvaloriza outras de crucial importância. Aguardemos desenvolvimentos...

A "fruta" proibida é a mais apetecida

Para que não se diga que o "Apito Dourado" é mais um flop da Justiça indígena, eis que o Ministério Público leva, para já a sua avante, e deduz acusação contra o presidente do FC Porto, por alegada corrupção activa praticada junto do árbitro Jacinto Paixão, num longínquo FC Porto-Amadora, há uns anos atrás. Não estamos com isto a ilibar, desde logo, o líder dos «dragões», até porque como aqui já foi dito, não temos afinidades com o emblema da invicta, mas esta ida a julgamento do eterno líder portista sabe a pouco, tendo em conta a dimensão do caso, aquando do seu rebentamento. E convém não esquecer que o Ministério Público tem agora um teste de fogo: provar a veracidade e a qualidade da «fruta» chamada à colação nas escutas telefónicas. Os pormenores sórdidos só agoram começaram. Não nos admiraria que a «montanha parisse um rato».
Só mais uma pergunta: terá sido pura coincidência que a acusação a Pinto da Costa tenha sido soprada para a imprensa no dia seguinte à notícia de que o novo aeroporto também pode ser em Alcochete ou este é mais um caso para distrair as atenções do povinho?



"Sol" de pouca dura

Os jornais portugueses não entusiasmam (quase) ninguém. Macios, para não dizer comprometidos, vagos e cada vez mais iguais entre si. O semanário «O Sol» foi anunciado com grande estardalhaço pelo seu director, o arquitecto José António Saraiva, como uma pedrada no charco da imprensa em Portugal. Ou o charco estava seco ou o arremesso falhou o alvo. Afinal, mais do mesmo e uma versão tablóide do seu concorrente «Expresso», com poucas ou nenhumas novidades de monta em matéria de política nacional. A promessa que o jornal não daria brindes também se prepara para ser quebrada no próximo fim de semana, quando o jornal começar a distribuir a biografia de José Hermano Saraiva, por sinal, familiar do director do jornal detido parcialmente pelo BCP, que, segundo se diz nos «mentideros», se prepara para vender a sua participação. É caso para dizer, que pela boca morre o arquitecto...